sábado, 16 de outubro de 2010


NAS PEGADAS DE SÃO GERALDO

Em nossa motivação maior de sermos Cristãos Católicos Apostólicos Romanos, encontramos na vida de São Geraldo Magela, um belo exemplo de como podemos seguir os ensinamentos que Jesus nos deixou para nos guiar até Deus Pai.

Geraldo nasceu em 1726 em Muro, pequena cidade do Sul da Itália. Sua mãe Benedetta, foi uma benção para ele, pois lhe ensinou o imenso amor de Deus que nãotem limites. Ainda bem pequeno sua mãe lhe apresenta o Deus, o Pai do céu, Jesus o filho de Deus, que veio nos salvar e como poderia entender a morte de Jesus na cruz. Desde então Geraldo brincava de imitar o que via o padre fazer, armando um pequeno altar em sua casa. Desde pequeno conduzia seus amigos freqüentemente à igreja para visitar Jesus no Sacrário, aí começa a sua vida missionária.


Geraldo tinha 14 anos quando seu pai morreu, se tornou arrimo da família aprendendo a profissão do pai com um mestre que o maltratava muito. Depois indo trabalhar como empregado do bispo de Lacedônia sofreu, mas tinha a chance de passar horas diante do seu Senhor crucificado e ressuscitado. Via o sofrimento como parte do seu seguimento à Cristo. Com 19 anos, voltou para Muro onde montou uma alfaiataria. Seu próprio negócio prosperou, mas ele guardava o necessário para mãe e suas irmãs e dava o resto aos pobres ou para Missas em sufrágio das almas do purgatório. Geraldo não passou por uma conversão repentina, apenas foi crescendo constantemente no amor de Deus.


Quando ele estava com 23 anos, quinze missionários Redentoristas estiveram em Muro. Geraldo seguiu cada detalhe da missão e decidiu que aquela devia ser a sua vida. Pediu para ingressar no grupo missionário, mas o Pe. Cafaro, o Superior, recusou-o por motivo de saúde. Geraldo não desistiu e foi aceito na comunidade redentorista de Deliceto, com uma carta do Pe.Cafaro que dizia: “Estou mandando outro irmão, que será inútil quanto ao trabalho”. O rótulo de “inútil” não duraria muito. Geraldo era um excelente trabalhador e nos anos seguintes foi por várias vezes jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado de obras da nova casa de Caposele. Escreveu para seu diretor espiritual que seu maior desejo era: “amar muito a Deus; estar sempre unido com Deus; fazer tudo por amor de Deus; amar a todos por amor de Deus; sofrer muito por Deus. Minha única ocupação é fazer a vontade de Deus”.


A maior parte dos seus milagres foi realizada em benefício de outros: Ele devolveu a vida a um garoto que tinha caído de um rochedo; Abençoou a magra provisão de trigo pertencente a uma família e ela durou até a colheita seguinte; várias vezes multiplicou o pão que estava distribuindo aos pobres; Muitas vezes Geraldo contou às pessoas pecados secretos de suas almas que tinham vergonha de confessar e levou-as a penitência e ao perdão; Em outra ocasião, pediram as orações de Geraldo para uma mulher grávida, ela, junto com o filho, corria perigo de vida, mas graças a São Geraldo a mãe e o bebê saíram ilesos do perigo.


Sempre teve saúde frágil e em 1755, estando acometido pela doença Tuberculose, sofreu violentas hemorragias e disenteria, a ponto de sua morte ser esperada para qualquer momento. Teve uma cura temporária. Pouco depois voltou ao leito e começou a preparar-se para a morte. Abandonava-se totalmente a vontade de Deus. Escreveu na porta do seu quarto: ”Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e por quanto tempo ele quer.” Morreu no dia 16 de outubro de 1755.


Nos seus apontamentos, durante o noviciado, podemos ler: “Deixar o que estiver fazendo para ajudar quem estiver precisando de mim”. “Deixar o melhor para os outros, e todos ficarão contentes, e eu mais ainda”.


Felizardo era o doente que tivesse o Irmão Geraldo por enfermeiro, pois considerava os pobres e doentes como o Cristo visível junto de nós, assim como o Santíssimo Sacramento o Cristo invisível no Sacrário.

Em verdade, um simples irmão leigo jamais granjeou tanto prestígio e reputação para a sua Ordem ou Congregação, como São Geraldo. Em muitos lugares ele “precedeu” a seus confrades distribuindo os benefícios de Deus a mãos-cheias entre os mais queridos do Reino do Pai: os empobrecidos e desprezados, os mais “lascados” e pisados pelas organizações e culturas humanas, ele se tornou um cidadão do mundo.


Vejo hoje, como a nossa Congregação Redentorista através de nossos padres, irmãos e leigos vivem o exemplo de São Geraldo realizando a vontade de Deus.Um exemplo concreto e atual está na Obra Social Santo Afonso São Geraldo, no Rio de Janeiro, onde sirvo como Missionário Leigo Redentorista e voluntario. Lá, eu e meus irmãos em Cristo, fazemos um trabalho voluntário, onde ajudamos àqueles que necessitam curar suas doenças mentais e físicas. Doamos remédios a todos que necessitam e, também, aos que comparecem com a apresentação de uma receita médica. Oferecemos tratamento e apoio psicológico, orientação em cursos para grávidas (elas ao terminarem o curso ganham o enxoval para os bebes), doamos cestas básicas e roupas. Cursos de informática e alfabetização, sendo este ministrado por uma Missionária Leiga Redentorista. Temos o Serviço Social e o da Palavra do Senhor, que nos chega através das celebrações realizadas por um Diácono e Padres Redentoristas da igreja Santo Afonso. A Palavra de Deus também é levada aos assistidos na Obra Social por uma Missionária Leiga Redentorista.


Assim caminha a nossa Província seguindo as pegadas de São Geraldo.

João Carlos - MLR